NEMATOIDES
Os nematoides são
vermes de formato cilíndrico, geralmente alongados. Em algumas situações,
as fêmeas assumem diferentes formas, como de rim, diferenciando-se do formato
comum da classe, apresentando tamanho é variável. Os fitoparasitas medem de 0,3
a três milímetros de comprimento. Eles são capazes de viver em qualquer
ambiente que tenha disponibilidade de água e mostram-se extremamente
sensíveis à falta de água e a temperaturas extremas.
Na agricultura atingem diversas culturas, dentre elas a Soja,
algodão, Milho, milho pipoca, sorgo, arroz, girassol, cana-de-açucar, trigo,
cevada, milheto entre outras. Os nematóides mais importantes na região de Mato
Grosso são do gênero: Meloidogyne,
Heterodera, Pratylenchus, Rotylenchulus.
De acordo com Silva, 2006 et
al., estima-se que as perdas por nematoides cheguem a 10,6% de perdas a nível
mundial, aconteçam por Meloidogyne
javanica, Meloidogyne incognita, Heterodera glycines, Pratylenchus brachyurus e
Rotylenchulus reniformis.
O parasitismo causado por nematoides,
apresenta sintomas em comum, como a formação de reboleiras, uma vez que são
organismos de baixa mobilidade. Pode-se observar diferentes níveis de
atrofiamento e amarelecimento das plantas, até o centro da reboleira, podendo
causar morte da planta.
Figura 1: Sintomas de nematóides na soja (Glycine max). FONTE: BIOSUL, Vacaria - RS, 2016. |
Apesar de ser um sintoma comum
da presença de nematoides, a reboleira pode ser confundida antigas alocações de
calcário. Da mesma forma, a clorose pode ser confundida com deficiência
nutricional.
Figura 2: Reboleira ocasionada pela presença de Heterodera glycines. FONTE: EMBRAPA, Comunicado Técnico Nº 170 - MS, 2011. |
Por serem parasitas de solo e
provocarem danos radicuares, os danos por nematoides podem agravar diante interação
com outros patógenos como do gênero Phytophthora, Fusarium e Rhizoctonia. O
diagnóstico seguro exige análises em laboratório de nematologia, feitas a
partir de amostras do solo e das raízes.
Heterodera
glycines
Facilmente identificado pela presença de cisto nas raízes.
Figura 1: Cisto de Heterodera glycines em raíz de soja (Glycine max). FONTE: AGUIAR, Ronilda, IFMT - Campo Novo do Parecis, 2016. |
Figura 2: Cisto de Heterodera glycines. FONTE: AGUIAR, Ronilda, IFMT - Campo Novo do Parecis, 2016. |
Pratylenchus
brachyurus
Facilmente identificado pela presença de lesões escurecidas
intercaladas com tecidos saudáveis.
Figura 3: Lesão causada por Pratylenchus brachyurus. FONTE: AGUIAR, Ronilda, IFMT - Campo Novo do Parecis, 2016. |
Figura 5: Hipertrofia e hiperplasia da raiz ocasionada por Meloidogyne spp. FONTE: AGROLINK, 2016. |
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ROSSETTO, R.; SANTIAGO, A. D.; Nematoides da cana-de-açúcar. AGEITEC. Brasília - DF, 2011.
ASMUS,
G. L.; TELES, T. S. Primeiro Registro do Nematoide de Cisto da Soja na Região
Centro-Sul de Mato Grosso do Sul. Comunicado Técnico, Nº 170. EMBRAPA, Dourados
– MS, 2011.
SILVA,
J. F. V.; DIAS, W. P.; GARCIA A.; CARNEIRO G. E. S. Perdas por nematóides
chegam a 10,6% da soja mundial. VISÃO
AGRÍCOLA Nº5, JUN 2006.
Nenhum comentário:
Postar um comentário